Começou a ser construído em Miami o prédio residencial mais alto dos Estados Unidos ao sul de Nova York.

Com 100 andares e de 320 metros de altura, o Waldorf Astoria Residences está sendo erguido em Downtown Miami, de frente para a Biscayne Bay.

A torre é um pouco mais baixa que os 380 metros do Empire State Building, mas é quase o dobro dos 165 metros do Edifício Itália, no centro de São Paulo.

O residencial mais alto dos EUA hoje é o Central Park Tower, com 472 metros.

O Waldorf Astoria de Miami é uma pilha de nove cubos de vidro – enormes, sobrepostos um ao outro, mas não alinhados, dando a impressão de que uma criança os empilhou. O projeto é do escritório Sieger Suarez Architects, de Miami, em colaboração com o uruguaio Carlos Ott.

“O conceito foi criar uma escultura icônica que desafie as leis da gravidade, dispondo os blocos em diferentes posições,” Ott disse à revista dezeene. “O volume esbelto exige um interior capaz de lidar com as torções causadas pelos fortes ventos daquela região.”

O privilégio de ser dono de um apartamento nessa supertall tower – o jargão arquitetônico para edifícios de pelo menos 300 metros de altura – já atraiu muitos compradores. Quase 90% dos 260 apartamentos foram vendidos, apesar de a previsão de entrega – sem atrasos – seja só em 2027.

As unidades mais simples, de US$ 2 milhões, esgotaram rápido. As mais exclusivas, a partir de US$ 10 milhões, ainda estão disponíveis, e exigem um sinal de 30%.

O edifício, no 300 Biscayne Boulevard, terá ainda um hotel de 205 quartos.

Um prédio tão alto próximo ao mar já representaria um desafio para os engenheiros – ainda mais para conciliar a estabilidade da estrutura com seu desenho arquitetônico não convencional.

O desafio adicional neste caso foi ter uma estrutura resistente aos furacões que castigam a costa da Flórida. As fundações, iniciadas no mês passado, precisam ser profundas, abaixo do solo mais instável e poroso.

Mas a estabilidade será também assegurada por uma técnica que está sendo usada pela primeira vez na Flórida. O prédio contará com um pêndulo no seu topo para ajudar no equilíbrio e evitar que a torre balance com as rajadas de vento.

O incorporador é o Property Markets Group (PMG), que nasceu há 30 anos em Nova York e hoje opera na Flórida, Colorado, Carolina do Sul, Tennessee e Geórgia, além de ter um braço de investimentos e gestão de recursos.  A PMG já fez uma outra supertall tower em Nova York, a Steinway, no 111 West 57th Street.