O UBS BB acaba de elevar seu preço-alvo para a Itaúsa em 8%, passando de R$ 12 para R$ 13. O papel negocia hoje a R$ 9,75.
O banco decidiu revisar seu modelo de ‘soma das partes’ depois de elevar o preço-alvo do Itaú (para R$ 36) e da XP (para US$ 28).
“No preço atual, o retorno total da Itaúsa, incluindo o upside potencial e o dividend yield, é maior que o do Itaú. Vemos a Itaúsa como uma forma mais barata de investir no Itaú, especialmente em meio às incertezas relacionadas ao fim dos juros sobre o capital próprio,” escreveu o analista Thiago Batista.
Nas contas do analista, a Itaúsa deve dar um retorno de 39% nos próximos 12 meses em comparação a 29% do Itaú.
O analista nota ainda que a Itaúsa está negociando com um desconto de 19,6% em relação ao valor de mercado de seus ativos, um pouco abaixo da média dos últimos doze meses (21,2%) e dos últimos 10 anos (21,7%).
“Acreditamos que parte dessa dinâmica de se afastar da média nos últimos meses foi impulsionada pelas expectativas crescentes de um corte mais rápido que o esperado na taxa de juros, somado aos recentes desinvestimentos na XP.”
O UBS diz ainda que a reforma tributária deve eliminar parte das ineficiências tributárias da holding, que justificam o desconto em relação ao valor dos ativos.
O analista cita, por exemplo, o fim dos juros sobre o capital próprio e a implementação do VAT.
“A Itaúsa paga hoje PIS/Cofins sobre o JCP que ela recebe de suas investidas e estimamos que essa ineficiência explique de 7-8% do desconto,” diz o relatório. “Portanto, o desconto deve ser estruturalmente menor daqui para frente.”
Para chegar no preço-alvo de R$ 13, o UBS fez uma soma das partes usando seu preço-alvo para Itaú, XP e CCR. Para a Alpargatas e Dexco, o banco usou o valor de mercado atual, enquanto para as outras empresas do portfólio usou o book value.
O UBS também assumiu um desconto de holding alvo de 15%.