A CargoX, startup brasileira conhecida como o ‘Uber dos caminhões’, recebeu um aporte de US$ 60 milhões liderado pela Blackstone e pelo fundo Hudson Structured Capital Management.
Essa é a quinta rodada de capital da empresa, que foi avaliada em US$ 150 milhões ‘pre-money’ – isto é, sem considerar os recursos que estão ingressando agora – de acordo com fontes próximas à empresa.
Farallon, Qualcomm, Soros Fund e Oscar Salazar – ex-CTO do Uber, e que já era sócio e conselheiro da companhia – também estão entre os investidores nessa captação.
Essa é a maior rodada de investimento da CargoX, que até então tinha recebido um total de US$ 35 milhões – a maior parte, US$ 20 milhões, numa rodada fechada em novembro de 2017 e liderada pelo Goldman Sachs.
Fundada em 2016, a CargoX conecta caminhoneiros com capacidade ociosa a empresas que precisam de frete. Se, por exemplo, um caminhoneiro carregou uma carga de são Paulo até Manaus por meio de uma transportadora, mas não tem carga para trazer no trajeto de volta, a CargoX o conecta a quem queira transportar uma carga de Manaus a São Paulo. A empresa cobra uma taxa que varia entre 5% a 15% do valor do frete.
Atuando no mercado ineficiente, pulverizado e pouco profissionalizado, a CargoX vem crescendo numa velocidade impressionante. Em entrevista à Bloomberg em junho, o CEO Federico Vega afirmou que a empresa deve faturar R$ 650 milhões neste ano, contra R$ 150 milhões em 2017. Cerca de 250 mil caminhoneiros já estão conectados à plataforma.
Os clientes incluem Ambev, Unilever, Votorantim e Heineken.
A CargoX está trabalhando num projeto piloto de logística com a Amazon no Brasil. De acordo com a Bloomberg, que deu a notícia em primeira mão, a parceria envolve caminhões à prova de balas para fazer o transporte de mercadorias de alto valor agregado, como eletrônicos. Mais pesados, esses caminhões tendem a ser mais lentos, o que aumenta muito o prazo de entrega. A CargoX entraria com a tecnologia para acelerar esse processo.