Tem alguma coisa acontecendo na Track&Field.
Primeiro, a diretora de RI pediu as contas. Um mês atrás, a diretora de gente; e há dois dias, o CEO — e isso tudo numa empresa que fez IPO no final de outubro.
Curiosamente, a ação da Centauro (agora rebatizada Grupo SBF) tem se valorizado dramaticamente desde bater num piso de R$ 20,73 em 9 de março.
De lá para cá, o papel subiu 78% e, nos últimos 30 dias, avança 40%.
Já a ação da T&F, que saiu a R$ 9,25 no IPO, negocia próxima ao high de R$ 14.
A T&F vale R$ 2,1bilhões; a SBF/Centauro, R$ 9 bi.
Uma aquisição da T&F pela Centauro — se for paga em dinheiro — provavelmente levaria o comprador a um novo aumento de capital, o que criaria uma oportunidade de saída para a GP, que ainda tem 20% da companhia. O follow-on poderia ver acompanhado de uma oferta secundária da GP, que a preços de hoje alcançaria R$ 2 bi.
Depois das aquisições da Nike e do canal NWB, o CEO Pedro Zemel está dobrando a aposta na tese de ecossistema de esportes.
As duas empresas são complementares. Os produtos da T&F são mais caros e atendem um público um pouco diferente do da Centauro — com renda maior e lifestyle complementar.
Os maiores acionistas da T&F são a Brasil Capital, com 18% das PNs, e o Safra Asset Management, com quase 10%.