O Presidente Michel Temer assinou hoje a nomeação de Marcelo Barbosa para a presidência da CVM, colocando um respeitado advogado no comando de uma autarquia que sofre críticas por focar em tecnicalidades enquanto deixa os grandes problemas passar.
A nomeação foi antecipada pelo Brazil Journal em 19 de maio.
Sócio do escritório Vieira Rezende Barbosa Guerreiro, Barbosa é um nome de reputação ilibada e respeitado no meio jurídico, particularmente no direito societário e de mercado de capitais, o que permite que ele chegue ao cargo com um entendimento abrangente do funcionamento da CVM, suas limitações e potencial.
Barbosa terá que ser confirmado pelo Senado; o mandato é de cinco anos.
A expectativa no mercado é de que Barbosa seja capaz de preparar uma agenda ambiciosa que inclua, entre outras coisas, uma reforma parcial da Lei das Sociedades Anônimas, que regula vários aspectos da governança das empresas e de sua relação com acionistas minoritários.
Outra expectativa é que a CVM passe a priorizar e agilizar os casos mais egrégios — como os que envolvem a JBS, a Petrobras e a Eletrobras — antes de gastar energia com casos menores. É comum processos se arrastarem por cinco anos.
Numa entrevista ao Valor Econômico segunda-feira, o atual presidente da CVM falou sobre os avanços feitos pela autarquia na redução do trâmite processual.
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