A Helbor pretende levantar R$ 500 milhões numa oferta subsequente de ações para reforçar seu caixa, engrossando a fila de incorporadoras que querem acessar o mercado, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

A oferta deve ser lançada até o fim do mês com pricing no início de outubro.

O controlador Henrique Borenstein, dono de 54,2% da empresa, vai acompanhar a operação de forma a manter o controle.

Além de reforçar o balanço, a operação deve aumentar a liquidez da Helbor.  Com um valor de mercado de cerca de R$ 1,3 bilhão, o free float é de pouco menos de 30%. A Dynamo, acionista histórica da companhia, tem 15% do capital.

A Helbor disse semana passada que contratou o Bradesco BBI, BTG Pactual e Itaú BBA como coordenadores da uma “potencial oferta”.

Voltada para a média e alta renda, a Helbor sempre teve boa reputação no mercado, mas durante a recessão prolongada dos últimos anos teve seus resultados comprometidos pela avalanche de distratos que soterrou o setor.

A empresa acabou com um grande estoque de imóveis e precisou recorrer a dois aumentos de capital, no fim de 2016 e 2017, contando com o suporte do controlador.

Agora com a casa mais arrumada, a Helbor quer ir a mercado fortalecer o balanço e surfar a onda de juros mais baixos que está estimulando as incorporadoras. Ao contrário de outras companhias do setor, a Helbor já tem um bom banco de terrenos em São Paulo.

As ações da Helbor sobem cerca de 70% no ano e são negociadas a R$ 2,73, dando à companhia um valor de mercado de R$1,25 bi.

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A Positivo Tecnologia também está preparando uma oferta que deve se caracterizar como um re-IPO nas próximas semanas.

De acordo com duas fontes ouvidas pelo Brazil Journal, a fabricante de computadores e celulares quer levantar R$ 400 milhões numa oferta primária que vai desalavancar seu balanço e financiar o lançamento de novos produtos.
Com um valor de mercado de pouco mais de R$ 300 milhões, a ação da Positivo hoje está na mão dos controladores (donos de 70% da empresa) e de investidores de varejo. (O free float é pouco mais de 27%)

Desde o início do ano, o papel sobe 40% e fechou o pregão de ontem a R$ 3,80.

A empresa já informou em fato relevante que pretende fazer uma oferta, sem dar mais detalhes.