John Doerr — o lendário investidor de venture capital do Vale do Silício — acaba de doar US$ 1,1 bilhão para Stanford para criar uma nova faculdade com foco em sustentabilidade e mudanças climáticas.
Além da doação de Doerr, a universidade disse que levantou US$ 590 milhões com outros doadores — elevando o total para quase US$ 1,7 bi.
A doação de Doerr — que tem uma fortuna estimada em US$ 11,2 bi — é a maior já feita para uma universidade criar uma nova faculdade e a segunda maior da história no setor de educação, atrás apenas da doação de US$ 1,8 bi que Michael Bloomberg fez para a Johns Hopkins em 2018.
“A mudança climática e a sustentabilidade vão ser a nova ciência da computação,” Doerr disse ao The New York Times. “É com isso que os jovens querem trabalhar em suas vidas, por todos os motivos certos.”
A nova faculdade vai se chamar Stanford Doerr School of Sustainability e vai abrigar departamentos acadêmicos relacionados a temas como ciência planetária, tecnologia da energia e segurança de alimentos e água.
Ela também vai abrigar diversos institutos multidisciplinares e um centro focado no desenvolvimento de políticas práticas e soluções tecnológicas para o combate da mudança climática.
Stanford não é a única (nem a primeira) universidade a criar uma faculdade focada apenas nas mudanças climáticas. Columbia, por exemplo, já investe nessa frente há anos. Mas a iniciativa de Stanford deve ser uma das maiores e mais bem financiadas em todo o mundo.
Para Stanford, o movimento também marca a primeira vez nos últimos 70 anos que a universidade cria uma nova faculdade do zero.
Doerr disse ao NYT que espera que sua doação sirva de inspiração para que outros bilionários usem suas fortunas para combater a mudança climática.
“Vai ser necessário mais do que uma instituição. Assim como temos múltiplas faculdades de medicina, precisamos de múltiplas faculdades de sustentabilidade para que o trabalho seja feito.”
Doerr disse que começou a se envolver com a temática da mudança climática em 2006 depois de ver com sua família o filme “Uma Verdade Inconveniente”, de Al Gore.
Segundo ele, no jantar depois do filme sua filha não usou meias palavras: ‘Sua geração criou esse problema. É melhor resolvê-lo.’
Essa filha manda muito.