O Pátria Investimentos acaba de precificar a oferta de seu SPAC na Nasdaq, vendendo 20 milhões de units a US$ 10 cada e levantando US$ 200 milhões.
O Patria Latin American Opportunity Acquisition Corp. começou a negociar hoje de manhã na Nasdaq com o ticker PLAO.
Cada unit é composta por uma ação classe A e metade de uma warrant resgatável. A warrant dá direito a comprar uma ação do SPAC pelo preço de US$ 11,50.
O SPAC do Pátria pretende buscar empresas na América Latina e em setores onde a gestora se especializou nos últimos anos, incluindo saúde, alimentos e bebidas, logística, agronegócio, educação e serviços financeiros.
O SPAC será liderado por José Augusto Teixeira, que está há mais de 18 anos na gestora. No período, ele teve cargos de liderança no private equity e foi, por nove anos, o CFO da Anhanguera Educacional – deixando o cargo um pouco antes da fusão da empresa com a Kroton.
O conselho do PLAO será composto por três membros independentes – Pedro Paulo de Campos, Maria Claudia Guimarães e Ricardo Leonardos – além dos sócios do Pátria Ricardo Scavazza (chairman) e Alexandre Saigh.
O timing da oferta tem a ver com o momento de mercado para os SPACs. O Pátria fez o filing do PLAO há exatamente um ano – pouco antes desse mercado praticamente fechar.
“Desde então, a gente estava aguardando um momento oportuno para voltar a pensar na oferta,” José Augusto disse ao Brazil Journal.
Segundo ele, nos últimos meses a janela para a captação de SPACs reabriu, ainda que de forma seletiva, levando a gestora a retomar o processo.
A oferta vem num momento em que o mercado americano está lotado até a tampa: neste momento há cerca de 570 SPACs procurando ativos para comprar, com um poder de fogo de US$ 160 bilhões. Metade desse volume tem um mandato que expira nos próximos 12 meses.
À luz deste contexto, o Pátria acredita que os investidores de SPACs estão buscando diversificar sua exposição geográfica, muito concentrada nos EUA, bem como a exposição temática, já que boa parte dos SPACs são focados em empresas de tech e growth.
Esses dois fatores ajudaram no sucesso da captação, segundo o executivo.
Os coordenadores da oferta foram JP Morgan e Citigroup.