O Citi começou a cobrir o Grupo Soma com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18 – um upside de 30% em relação ao fechamento antes do feriado – mas boa parte da tese depende do turnaround da Hering.

O racional do analista João Pedro Soares é quase todo baseado em crescimento.

Ele espera que a receita da Soma vai subir a uma média composta de 20% ao ano até 2026, com o crescimento vindo de três frentes: o ganho de share da Farm e da NV no Brasil; o crescimento de Farm Global (que deve passar de R$ 2bi de receita até 2026; e o turnaround da Hering, que deve trazer expansão de margem.

Se tudo acontecer como previsto, o lucro da Soma deve crescer a um CAGR de mais de 30% no período 2022-26.

A Soma hoje negocia pouco abaixo de 18x o lucro estimado para 2023, o que dá um múltiplo de price/earnings growth (PEG) próximo a 0,5x.

Mas a tese contém riscos – o principal deles sendo o risco de execução inerente ao setor de moda, onde uma coleção errada pode descarrilar um ano.

O turnaround da Hering também é um desafio, mas responde por cerca de R$ 3/ação do preço-alvo.

Dada a complexidade do case, o Citi diz que ainda prefere Renner e Arezzo como apostas menos arriscadas no setor de vestuário.