O sucesso de um empreendedor depende mais da sua capacidade de superar o fracasso e seguir em frente do que de um grande talento em particular.
Essa é a visão “menos romântica” do empreendedorismo que Scott Galloway, o professor da escola de negócios Stern da NYU (e fundador de nove empresas), quis passar ao público da Expert XP na última sexta-feira.
“Isso é verdade no âmbito profissional e também no pessoal,” disse ele num painel ao lado de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master. “É necessário superar um fracasso, uma perda, uma tragédia sem perder o entusiasmo.”
Para Galloway, o empreendedor também deve ser um grande vendedor: precisa estar constantemente vendendo sua empresa ou ideia não só para clientes, mas também para funcionários, investidores, credores.
E, claro, estar disposto a correr riscos: trabalhar muito, investir seus recursos no negócio e saber que, mesmo “fazendo tudo certo,” pode falir.
Vorcaro emendou que “não tomar risco já é um risco”. “É preciso gerenciar os riscos.” Isso e ter um propósito, saber aonde quer chegar, ser resiliente e elaborar um bom plano de execução estão entre os pontos que ele vê como fundamentais para qualquer um dar certo como empreendedor.
Apesar de o Brasil ser um “país empreendedor fantástico,” disse Vorcaro, é difícil iniciar e expandir negócios aqui, e um dos motivos é o alto custo de capital. Por isso, uma das prioridades do banco é apoiar pequenas e médias empresas e “oferecer crédito de forma diferente, atuando junto na gestão”.
Galloway voltou a repetir que as pessoas não deveriam “seguir sua paixão” ao escolher uma carreira.
“Siga sua paixão é um péssimo conselho,” afirmou. “Qualquer um que diz isso já é rico.”
O conselho dele é escolher pelo talento: descubra algo em que você é bom e trabalhe nisso.