Ronaldo Cezar Coelho, o ex-banqueiro do Multiplic e um dos maiores investidores da Bolsa brasileira, se tornou ontem o maior acionista da BR Distribuidora, com cerca de 7,95% do capital da companhia, pessoas a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
Ontem, as duas maiores alocações na oferta que marcou a saída da Petrobras do capital da BR foram o ex-banqueiro e a Dynamo.
Tanto a gestora do Leblon — uma das mais respeitadas do País — quanto Ronaldo compraram, cada um, cerca de 3,9% do capital da companhia, mas ao longo dos últimos três meses, Ronaldo já havia acumulado uma posição de 4% na companhia.
Ronaldo — o irmão menos conhecido do famoso árbitro e comentarista de futebol — fez o investimento por meio de seu fundo Samambaia, um fundo de ações altamente concentrado e que costuma carregar suas posições por anos a fio.
A BR é a terceira companhia do Samambaia, que também é dono de 19% da Energisa e 20% da Light.
Segundo fontes envolvidas na oferta da BR, a Dynamo colocou uma ordem de R$ 1,3 bilhão a R$ 26/ação, enquanto Ronaldo colocou uma ordem de R$ 1,3 bilhão “a mercado” (glossário: uma oferta de compra a qualquer preço que a transação saísse).
Na Light, uma posição que Ronaldo começou a montar em janeiro de 2020 e aprofundou durante o ápice da pandemia, o investidor tem se mostrado um ativista que colabora com a gestão, demonstrando interesse pela agenda ESG da companhia, particularmente seus investimentos na área social.
Enquanto na Light Ronaldo trouxe como sócio Carlos Alberto Sicupira, que tem 10% da companhia, não está claro se ele tem algum alinhamento com outros acionistas da BR, uma companhia muito maior e mais líquida.