A Rock Content — que ajuda empresas a criar conteúdo para o marketing digital — acaba de levantar US$ 30 milhões numa rodada que vai financiar a expansão da startup brasileira nos Estados Unidos.
A Série B foi liderada pela Unbox Capital, a gestora de venture capital da família Trajano, e teve a participação da Crescera Capital e do BTG Pactual, que investiu por meio de um novo fundo de VC, o BTG High Growth Opportunities.
A empresa de Belo Horizonte já havia levantado outros US$ 10 milhões em funding desde que foi fundada em 2013 por Diego Gomes. A startup nasceu da percepção do fundador de que as “as marcas e empresas cada vez mais vão ser obrigadas a virar publishers.”
“O problema é que as empresas não estão acostumadas com o ambiente de criação de conteúdo e a pensar como mídia,” Diego disse ao Brazil Journal. “Nós ajudamos a criar conteúdo, publicar nas plataformas, e gerir tudo isso.”
A Rock Content atende empresas como Dell, Spotify, Oracle e LinkedIn, e se posiciona como um “SaaS-enabled marketplace”. Em bom português: ela tem receitas que vêm da assinatura de seus softwares, mas também ganha uma comissão com as transações feitas em seu marketplace.
Segundo Diego, a maior parte da receita (60%) vem da assinatura de três soluções de software.
O primeiro é o Studio, que ajuda as empresas a coordenar seu calendário editorial, as atividades e a colaboração da equipe de marketing, e as métricas das publicações.
O segundo é o Stage, basicamente uma solução de hospedagem focada em profissionais de marketing. Há ainda o Ion, um software que ajuda os times de marketing a criar e implementar conteúdos que exigem alguma interação do usuário.
No marketplace, a Rock Content conecta seus mais de 2.000 clientes com 80 mil freelancers, entre produtores de vídeo, profissionais de marketing e jornalistas — ganhando um take rate toda vez que um negócio é fechado.
A rodada de hoje vai financiar a expansão da Rock Content nos Estados Unidos, onde ela entrou em 2019 com a compra da ScribbeLive e pretende crescer organicamente e via M&A.
Os EUA já respondem por mais da metade da receita da empresa. O segundo mercado é o Brasil, seguido pelo México e Canadá.
Diego diz que o mercado de marketing de conteúdo é extremamente fragmentado nos EUA e que a Rock Content é uma das poucas se posicionando como um ‘one-stop shop’ de conteúdo.
“Temos vários competidores em cada vertical que a gente atua, mas não tem nenhuma empresa com uma oferta completa como a nossa,” disse ele.
Em marketplace, a Rock compete com companhias como a Fiverr, a UpWork e a Contently. No software de gestão, com empresas como Ceros e OutGrow. Já na hospedagem de site, com startups como a Pagely e a Wpengine.