16 de jul, 2025
Os resultados dos bancos no segundo trimestre, que começam a ser divulgados no fim de julho, vão mostrar os efeitos da desaceleração do crédito e do aumento da inadimplência. O assunto foi tema desta mesa redonda que reuniu Gustavo Schroden, analista de instituições financeiras do Citi, e Thiago Batista, head de research do UBS BB e responsável pela análise do setor financeiro.
Para Schroden, alguns bancos devem apresentar uma piora na qualidade das carteiras de crédito já no segundo tri. O Santander, afirmou, deve ser o primeiro banco a mostrar um aumento da inadimplência. De forma geral, este não será um ciclo difícil como o de 2021-2022, mas poderá ter reflexos na capacidade dos bancos de gerar resultado em 2026, segundo ele.
Batista é um pouco mais otimista: para ele, a piora na qualidade de crédito não deve assustar. O Santander é, inclusive, um dos top picks do UBS BB, ao lado de Bradesco. O banco rebaixou recentemente o Itaú Unibanco de compra para neutro em razão do valuation. O Citi mantém compra para Itaú, mas prefere Bradesco.
Os dois analistas também falaram sobre as perspectivas para o consignado privado e por que concordam em dois pontos: Nubank está caro e há potencial para a XP.
