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O economista que quer salvar a Amazônia – com dados e política pública

14 de maio, 2025

Antes de se tornar uma das vozes mais influentes sobre clima e meio ambiente no Brasil, Juliano Assunção era um jovem pesquisador tentando entender por que algumas regiões se desenvolvem – e outras não.

Hoje, como diretor do Climate Policy Initiative (CPI) e professor da PUC-Rio, ele aplica esse mesmo olhar técnico à floresta amazônica, articulando políticas públicas com dados de satélite, modelos climáticos e avaliação de impacto.

Nesta conversa com Marcos Lisboa, Juliano conta como a Amazônia está se transformando em um grande laboratório de políticas públicas – e como a floresta pode, literalmente, valer bilhões para o Brasil.

“Se o mundo ficar sério em relação ao clima e resolver nos pagar, por exemplo, US$ 25 dólares por tonelada de carbono, isso mudaria totalmente o jogo,” disse. “Isso significaria algo como 400 bilhões de dólares que o Brasil receberia em 30 anos.”

Na visão de Juliano, o combate ao desmatamento é, paradoxalmente, a única via possível para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

“Hoje, eu estou convencido de que o desmatamento zero, o combate ao desmatamento, é que é uma condição necessária para o desenvolvimento,” disse. 

E, se o mundo realmente quiser enfrentar a crise climática, o Brasil pode ser protagonista.

“A melhor tecnologia que a gente tem pra isso hoje em dia é restauro florestal. Fotossíntese é a melhor máquina que a gente tem pra poder extrair CO₂ da atmosfera,” disse. 

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