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Cristina Canale e a arte não politizada da “Geração 80”

28 de maio, 2025

A pintora Cristina Canale fala com a segurança de quem esteve no olho do furacão. No caso, um furacão estético, criativo e libertador que sacudiu a cena das artes visuais do Brasil nos anos 1980.

“Foi um momento de resgate da liberdade e do prazer na arte,” diz ela, ao recordar a histórica exposição Como Vai Você, Geração 80?, que aconteceu no Parque Lage, no Rio de Janeiro, em 1984. 

O evento, que reuniu obras de 123 artistas – como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Leda Catunda e a própria Canale –, redefiniu o que se entendia por arte contemporânea no Brasil. 

Também marcou a largada da “Geração 80”, um movimento de ruptura com a arte politizada que dominou as décadas anteriores. “Já existia um cansaço daquela arte muito cerebral, conceitual, fria,” diz. 

Formada em economia na PUC-Rio em 1982, Canale estudou em paralelo na Escola de Artes Visuais do Parque Lage – e decidiu seguir a carreira artística. Nos anos 1990, conseguiu uma bolsa de estudos para estudar na Alemanha e, atualmente, mora em Berlim. 

“A gente queria fazer arte. Só isso. E talvez por isso tenha sido tão poderoso.”

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