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ASA e Genoa dizem por que esperam rali da Bolsa no segundo semestre

14 de jul, 2023

A Bolsa brasileira continua barata e tem potencial para manter o rali no segundo semestre, superando os ganhos esperados na renda fixa. Essa é a avaliação de Ricardo Almeida, head de renda variável da ASA Investments, e Lucas Cachapuz, sócio-fundador da Genoa Capital e responsável pelo portfólio de renda variável da gestora. Para os analistas, perderam força as duas principais ameaças que pairavam sobre o mercado brasileiro: o risco interno de uma política fiscal mais frouxa e o risco externo de uma empinada mais acentuada nos juros.

Segundo Cachapuz, os valuations no mercado permanecem atraentes, apesar das valorizações recentes. Além disso, há uma subalocação em renda variável, porque boa parte dos recursos havia migrado para a renda fixa. “Houve aumento de apetite por risco, mas precisamos de dinheiro novo para manter a alta,” afirma Cachapuz “Temos um estoque enorme de dívidas emitidas. Isso vai vencer em algum momento, e a Bolsa voltará a ser atraente.”

“A Bolsa vai bater a renda fixa no segundo semestre, se continuarmos com essa combinação política e econômica bastante favorável,” diz Almeida. “Estamos otimistas.” Para Almeida, os aspectos macro estavam dominando. Agora o mercado entra em uma fase de stock picking, em que devem preponderar os fatores micro de avaliação dos papéis.

Um fator que pesa contra o Ibovespa, notam os gestores, é o preço das commodities em retração, afetando o desempenho de exportadores como a Vale. Mas a queda no custo de insumos e a redução dos juros vão beneficiar as empresas focadas no mercado doméstico.

Almeida estima que o Ibovespa pode subir entre 10% e 15% até o fim do ano, a depender do cenário externo. Para Cachapuz, quando se olha apenas para as companhias domésticas favorecidas pelo ciclo de alívio monetário, o upside é ainda maior, ficando entre 30% e 40% em alguns setores.

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