A Plano & Plano acaba de anunciar que está estudando um follow-on de até R$ 500 milhões, num momento em que as construtoras de baixa renda estão se capitalizando para investir no Minha Casa, Minha Vida.
A oferta-base será primária e de cerca de R$ 250 milhões. Essa oferta poderá ser acrescida de um lote adicional que poderia dobrar o valor da oferta e que seria secundário, com alguns acionistas da empresa vendendo suas participações.
Os maiores acionistas da Plano & Plano são a Cyrela, com 33% do capital, o fundador Rodrigo Uchoa Luna, com 21%, e o CEO Rodrigo Fairbanks, com 14%.
A oferta geraria uma diluição de cerca de 11% para os acionistas que não participarem. A Plano & Plano fechou o dia valendo R$ 2,2 bilhões na Bolsa, com queda de 4,1%. A ação negocia a 9,7x o lucro estimado para este ano e a cerca de 4x o valor patrimonial.
Os bancos coordenadores são o Itaú BBA (líder), BTG Pactual, Bradesco BBI e XP.
O MCMV tem sido uma das principais bandeiras do Lula 3. Recentemente, o Governo aumentou o teto de financiamento por imóvel de R$ 264 mil para R$ 350 mil na faixa 3 do MCMV, e tem estudado aumentar também o teto de renda (para o comprador ter acesso ao programa) para até R$ 12 mil.
A Plano & Plano está indo a mercado um mês depois da MRV levantar R$ 1 bilhão num follow-on com o mesmo objetivo de surfar as mudanças do MCMV.
O anúncio da oferta vem horas depois da Plano & Plano reportar um segundo trimestre acima do consenso, com uma receita líquida de R$ 485 milhões e margem bruta de 38,3%.