A Pipo — uma corretora digital de saúde e benefícios corporativos — acaba de fazer seu primeiro M&A, comprando uma corretora de seguros e adicionando 11 mil vidas à sua base.
A aquisição da corretora – que pertencia à Convenia – será paga 100% em dinheiro e envolve uma parceria entre as duas empresas.
Além da corretora de saúde, a Convenia opera uma plataforma de gestão de RH que atende mais de 1,7 mil companhias de pequeno e médio porte. Com a transação, a plataforma de benefícios da Pipo será integrada à plataforma de gestão de RH da Convenia, permitindo que a startup capture novos clientes.
“É um M&A bastante estratégico pra gente, que vai além da compra da carteira,” Manoela Mitchell, a fundadora da Pipo, disse ao Brazil Journal.
A aquisição vem um ano e meio depois da Pipo levantar uma Série A de US$ 20 milhões liderada pela Thrive Capital, a gestora de venture capital de Nova York.
De lá para cá, a startup chegou a 80 mil vidas (contando as 11 mil da Convenia) e 220 clientes, incluindo empresas como MadeiraMadeira, Buser e Alura.
Fundada em 2020 por Manoela — uma ex-analista de saúde da Temasek e da Actis — a Pipo usa inteligência artificial e big data para tornar o processo de escolha dos planos mais assertivo e barato para as empresas.
Para isso, a startup cruza atributos — como a rede de cobertura, preço e nível de reembolso — dos mais de mil planos de saúde disponíveis no mercado com as necessidades dos funcionários do cliente. Aplicando seu algoritmo, ela consegue o que chama de ‘um match perfeito’, gerando economias relevantes.
Outro diferencial é atuar na gestão dos planos, ajudando as empresas a reduzirem seus sinistros e, com isso, os custos dos planos. Por esse trabalho, a Pipo ganha uma comissão recorrente em cima das vendas que gira em torno de 5% do valor do seguro.
A Pipo faturou R$ 15 milhões no ano passado e espera triplicar essa receita este ano.
Manoela disse que a startup não está no breakeven ainda, mas que não vai precisar necessariamente de uma nova rodada tão cedo. “Esperamos chegar ao breakeven nos próximos 12 a 24 meses, e até lá temos capital para tocar o negócio,” disse ela.