O BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para a Petz e colocou um novo preço-alvo de R$ 26 para a ação.

O novo preço-alvo embute um upside de 44% sobre os níveis atuais mas é quase 19% menor que o target anterior de R$ 32: a redução tem a ver com o aumento do cost of equity no Brasil.

Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis elevaram em 10% a estimativa de crescimento para a receita da companhia nos próximos quatro anos (com um crescimento médio de 27% ao ano até 2025), e esperam que o lucro cresça 57% por ano.  Segundo o BTG, essa expectativa de crescimento justifica a recomendação de compra apesar de a empresa continuar negociando a múltiplos elevados – 56x o lucro para 2022 e 36x para 2023.

Os analistas se reuniram com o CEO Sergio Zimerman, a CFO Aline Pena e o co-fundador da Zee.Dog Felipe Diz para discutir as alavancas de crescimento da empresa, que está construindo um ecossistema pet a partir da compra da Zee.Dog há apenas sete meses. No modelo do BTG, a Zee.Dog responde por 12% do novo target price.

Na conversa com os analistas, a Petz compartilhou sua visão sobre as sinergias com a Zee.Dog e como elas estão evoluindo.  A Petz disse que melhorou seu relacionamento com fornecedores que tinham restrições à empresa e apontou ganhos de escala, que devem ajudar as margens à medida que a integração de back-office continuar.

As sinergias também surgem do know-how da Zee.Dog no desenvolvimento de seu portfólio de marcas próprias – geralmente com margens maiores –  e no uso das 153 lojas da Petz (em 18 estados) como hubs, fortalecendo a proposta omnichannel da empresa.

A expectativa é que a margem bruta da Zee.Dog possa superar a da Petz ao longo do longo prazo dada a maior penetração de produtos de marca própria nas vendas da empresa. A empresa vê oportunidades de expansão internacional para a Zee.Dog, alavancando sua presença na Europa.