O analista Vinicius Strano assumiu a cobertura da Hypera no UBS com recomendação de compra para a farmacêutica, e subiu o preço-alvo de R$ 53 para R$ 55 em 12 meses.
A ação negocia ao redor de R$ 37, sofrendo com o overhang gerado pela expectativa de um acordo de leniência de seu controlador.
O banco lista sete motivos para gostar da companhia. Entre eles:
1. Um pipeline de inovação. A Hypera 350 novos projetos a serem lançados nos próximos cinco anos. “Os 5 principais lançamentos nas categorias de OTC [medicamentos de venda livre], prescrição, genéricos, dermocosméticos e vitaminas devem gerar um incremento nas vendas de R$ 1,3 bilhão em 5 anos”, diz o UBS.
2. Momentum operacional. A Hypera continua ganhando share. O sell-out aumentou 11,5% no primeiro trimestre (2 pontos acima do mercado) e 23,3% no segundo (1,1 ponto acima do mercado).
3. M&As. O crescimento acelerado por M&As, incorporando a recente aquisição de 12 marcas da Sanofi.
4. Novo mercado. O UBS também vê oportunidade de crescimento da Hypera na venda de genéricos para os hospitais privados, que hoje representam apenas cerca de 1,7% das vendas, o que abriria um mercado potencial de R$ 51 bilhões para a companhia.
5. Vencimento de patentes. Uma decisão recente do STF pode acelerar o prazo de expiração de patentes de medicamentos, o que abriria para a Hypera uma oportunidade estimada de R$ 6,5 bi entre 2022 e 2029.
6. Demografia. O mercado de farma deve continuar crescendo forte devido ao envelhecimento da população, que tende a gastar mais com saúde.
7. Valuation. Finalmente, o UBS cita os múltiplos atraentes da Hypera, com a ação negociando a 13,4x o lucro estimado para 2022, abaixo da média histórica de cinco anos de 17x, e enquanto concorrentes globais negociam a 15x.