Fundos internacionais que são acionistas da Oi, e que se mobilizaram com a descoberta do investimento da PT no Grupo Espirito Santo, estão chegando mais tranquilos ao fim de semana.
Há no grupo a percepção de que os executivos da Oi — o CEO Zeinal Bava e o CFO Bayard Gontijo — estão trabalhando fortemente para reduzir a participação da PT na Oi caso a PT perca mesmo os quase 900 milhões de euros que investiu numa empresa do grupo Espirito Santo, que enfrenta uma grave crise. Os fundos também citam os esforços do BTG Pactual, o banco líder da oferta de ações da Oi, na resolução do problema.
As ações da Oi também responderam positivamente às conversas, reveladas ontem à tarde pela coluna Radar . A meia hora do fechamento do pregão da BM&F Bovespa, as ações preferenciais da Oi subiam 13%.
Pelo acordo que está sendo costurado, a posição acionária da PT na Oi, que é de 38%, cairia para cerca de 20% como uma forma de “compensar” o prejuizo aos outros acionistas gerado pelo investimento.
“Estamos felizes que o management da Oi e o BTG estão representando nossos interesses e estamos apoiando a iniciativa deles para resolver esse problema,” disse o gestor de um dos fundos envolvidos.