O Nubank disse que solicitou uma licença de banco nacional ao Office of the Comptroller of the Currency (OCC), a agência reguladora dos bancos nos Estados Unidos.
O CEO David Vélez disse ao Brazil Journal que o Nubank segue focado em suas operações no Brasil, México e Colômbia, mas que no médio prazo os EUA são “um mercado muito atrativo.”
“É um PIB dez vezes maior que o do Brasil; só o estado do Texas tem um PIB maior do que o País. E mesmo assim é um mercado que tem bastante carência,” disse o CEO.
Segundo Vélez, o processo de obtenção da licença demorará “vários anos”, mas a empresa vai usar esse tempo para dar início à construção de sua operação americana. “Inicialmente servindo os nossos clientes latinoamericanos,” disse.
A licença permitirá ao Nubank oferecer contas correntes, cartão de crédito, empréstimos e custódia de ativos digitais a clientes americanos.
O banco digital também comunicou que a cofundadora e chief growth officer Cristina Junqueira se mudou para os Estados Unidos para assumir como CEO da operação americana, que será uma subsidiária integral da Nu Holdings.
Além disso, o Nubank criou um conselho de administração para a operação americana que tem Roberto Campos Neto como chairman.
Além dele, estarão no board a própria Cristina; o COO Youssef Lahrech; Brian Brooks, presidente do conselho e CEO da Meridian Capital Group; e Kelley Morrell, uma ex-executiva da Blackstone com passagem pelo Tesouro dos EUA.
Em abril, o Nubank conseguiu a licença de banco múltiplo no México, o primeiro passo que vai permitir à empresa oferecer produtos como conta-salário em um país ainda muito dependente do dinheiro físico.
Depois do anúncio, a ação do Nubank virou de uma queda de 2% para fechar em alta de 0,4%. O banco vale US$ 77 bilhões na NYSE.