O Casino, que controla o Grupo Pão de Açúcar por meio de ações ON (votantes), revelou que comprou quase 1 milhão de ações preferenciais (sem direito a voto) da rede de supermercados no mês passado, aumentando sua participação nesta classe de ações em cerca de 0,6 ponto percentual para 6,54%.
Para os analistas do Credit Suisse, “o montante financeiro em si é pequeno, mas indica que, depois de ter reduzido sua alavancagem, o Casino está investindo um pouco do seu capital para aumentar sua participação no GPA a preços descontados, principalmente dado o fato de que ele é um investidor de longo prazo.”
Os analistas do CS na Europa estimam que o Casino possa gastar até 500 milhões de euros entre recompras de sua própria ação e recompra das ações do GPA sem com isso afetar sua alavancagem.
Uma rara gestora que desafiou o consenso foi a 3G Radar, que tem a 3G Capital como sócia, e chegou a ter 20% de seu fundo alocado nas ações preferencias do Pão de Açúcar em janeiro. Mas a 3G reduziu sua posição nos últimos meses e, em março, o último dado disponível, o Pão de Açúcar representava 10% do fundo.
Ainda que a compra feita pela fundação — uma ‘insider’ da Ambev por fazer parte do acordo de acionistas — possa sugerir confiança no negócio, um fonte disse que, pelo estatuto, a fundação só pode reinvestir seus dividendos em ações de determinadas empresas, incluindo a Ambev. O Brazil Journal não conseguiu confirmar esta informação nem com a Ambev nem com a própria fundação.