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Na Petrobras, demanda sólida por um gasoduto
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Três consórcios — um deles formado pelo Blackstone e o Pátria Investimentos — fizeram ofertas não vinculantes que chegam a US$ 6 bilhões pelos gasodutos da Petrobras que abastece o Nordeste.
A informação é exclusiva da Bloomberg, que cita fontes com conhecimento do assunto.
Um outro consórcio é formado pelo Mubadala — a companhia de investimentos dos Emirados Árabes Unidos — e o EIG Global Energy Partners. O terceiro grupo é liderado pela Engie, a multinacional franco-belga de energia que é dona da Tractebel e a maior acionista na usina de Jirau, no Rio Madeira. Recentemente, a Engie também comprou duas usinas que pertenciam à Cemig. A companhia também tem investimentos em energia solar e eólica no Brasil.
A Petrobras está vendendo 90% da Transportadora Associada de Gás, a companhia que detém o gasoduto nordestino, mais conhecida no setor como NTN.
O Santander está assessorando a Petrobras no negócio, que deve ser fechado ainda no primeiro semestre de 2018.
No ano passado, a Brookfield pagou US$ 5,2 bilhões pela Nova Transportadora do Sudeste (NTS), a malha da Petrobras que transporta o gás produzido no mar até as distribuidoras estaduais, como a Comgás em São Paulo e a CEG no Rio. Mais tarde, a Itaúsa e a Cambuhy compraram participação inferior a 5% no negócio.
Como o preço do transporte de gás é regulado, o investimento nos gasodutos é uma operação de renda fixa. Num mundo de taxas de juros negativas, os gasodutos oferecem aos compradores a oportunidade de aplicar dinheiro, com alavancagem financeira, a uma taxa média real (isto é, descontada a inflação no Brasil) estimada entre 9% a 11% ao ano.