Entra Governo, sai Governo, seja em meio à recessão ou ao crescimento, a Parceiros da Educação faz um trabalho de formiga que tem transformado a vida de milhares de estudantes ao longo dos últimos 20 anos. 

Numa das modalidades de atuação, empresários parceiros “adotam” uma escola pública doando de R$ 60 mil a R$ 150 mil por ano, e com isso ajudam a financiar a formação dos professores e a melhora da infraestrutura e da gestão.

Os resultados são uma aula de eficiência na aplicação dos recursos: nas mais de 1.000 escolas que a Parceiros já atuou, o índice de aprendizagem dos alunos sobe em média 60% três anos após a parceria. 

Agora, a ONG está tentando escalar esse impacto com sua primeira campanha de matching dos últimos quatro anos.

Até o próximo sábado, os 17 conselheiros da Parceiros — uma lista que inclui Luis Stuhlberger, do Verde; Alexandre Bettamio, do Bank of America; João Miranda, da Votorantim; Ana Maria Diniz, da Península; e Carlos Jereissati Filho, do Iguatemi — vão triplicar todas as doações que forem feitas. 

A arrecadação até agora está em torno de R$ 2,1 milhões (um número que já inclui o PIX dos conselheiros). 

A meta é chegar a R$ 6 milhões, sendo R$ 4 milhões vindo dos 17 conselheiros. 

Os recursos arrecadados vão financiar uma outra frente da ONG: sua parceria com redes municipais de ensino e diretorias regionais. 

Nesse modelo, a Parceiros atua junto às Secretarias municipais e regionais, desenvolvendo um plano de ação para melhorar o ensino das escolas que fazem parte da rede — e injetando recursos.  Essencialmente, um trabalho de consultoria.

Neste modelo, o custo de cada aluno gira em torno de R$ 30 por ano.

Ou seja, com uma doação de R$ 10 mil é possível ajudar 1.000 alunos, considerando que o recurso será triplicado. Com R$ 100 mil, o impacto chega a 10.000 estudantes. 

“O programa de Redes de Ensino tem um impacto maior, porque os recursos conseguem chegar a muito mais alunos,” Jair Ribeiro, o fundador da Parceiros da Educação, disse ao Brazil Journal. “Mas na parceria direta com as escolas temos a vantagem de aprendermos muito, porque você está no ‘chão de fábrica’, mais perto do dia a dia.”

Segundo ele, a Parceiros usa o que aprende durante a atuação junto às escolas para desenhar políticas públicas mais amplas que depois são apresentadas às prefeituras e ao Governo de São Paulo.

A meta da ONG é transformar o Estado na melhor rede de ensino da América Latina até 2040, ultrapassando o Chile. 

Para Jair, um dos grandes problemas da educação no Brasil é a falta de continuidade. “Mesmo em São Paulo, onde tivemos 20 anos de PSDB, foram vários Secretários com visões bem diferentes, então não houve uma continuidade dos programas,” disse ele.

Para ajudar nessa frente, a Parceiros desenhou uma cartilha de medidas a serem adotadas — baseadas nas experiências de países e cidades que deram certo — e que deve servir como um guia para os próximos governantes.

A Parceiros da Educação está em 660 escolas, impactando diretamente mais de 370 mil alunos.

A meta é chegar a 1.500 escolas, de um total de 12 mil escolas estaduais, e a 1 milhão de estudantes em três anos.  

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