A Cemig deve nomear Ana Marta Horta Veloso como CEO da Light — um nome técnico, experiente e universalmente elogiado, com as credenciais necessárias para preparar a empresa para uma rápida privatização.
 
Veloso já foi convidada, e seu nome está passando pelas diligências de praxe antes de um anúncio oficial.
 
A executiva já foi CEO da Light do início de 2016 a junho de 2017.  Na ocasião, renunciou ao cargo em meio a conflitos com a Andrade Gutierrez, então grande acionista de Cemig, que controla a Light.
 
Antes de presidir a Light, Veloso foi diretora estatutária da Equatorial Energia de novembro de 2008 a dezembro de 2015. E, antes de iniciar sua carreira corporativa, trabalhou na área de mercado de capitais do BNDES de 1992 a 2006.
 
Hoje, Veloso é conselheira independente da Enel Distribuição São Paulo (a companhia anteriormente conhecida como Eletropaulo).
 
A Light é o principal ativo do plano de desinvestimento da Cemig, que tem 49,99% das ações.

Em 2018, houve uma tentativa de oferta de ações, que seria ancorada pela GP, mas o plano não foi adiante. 

O principal drama da Light é a perda e o furto de energia, que representam quase um quarto do volume comercializado e estão bem acima do valor coberto pelas tarifas determinadas pela Aneel. 

Ao fim de 2018, a dívida líquida da empresa era de mais de R$ 8 bi — o equivalente a 3,6 vezes seu EBITDA.