O Itaú BBA definiu a história da Serena como uma “crônica de criação de valor” e acaba de dar um upgrade no papel de ‘market perform’ para ‘outperform’, colocando a empresa como sua top pick entre as geradoras de energia.
O banco também atualizou o preço alvo de R$ 13 para R$ 14,60 – um upside potencial de 66% em relação ao preço de tela.
Segundo o Itaú BBA, além da Serena estar com um valuation atrativo – 8,4x EV/EBITDA para 2024 e 2025 – a companhia está muito bem posicionada no mercado, com cerca de 93% de sua energia vendida a preços mais altos em contratos de longo prazo.
Os analistas Fillipe Andrade, Marcelo Sá, Luiza Candiota e Victor Cunha dizem que a Serena é uma das geradoras menos suscetíveis a mudanças nos preços de energia no longo prazo.
Mais: a cada R$ 10/MWh adicionados ao preço estimado de energia pelo Itaú (que é de R$ 180/MWh), o preço-alvo da ação sobe em R$ 0,60.
“Vemos a Serena negociando com uma TIR real implícita de 14,5% em comparação aos 6,2% dos títulos do Tesouro brasileiro, indicando um prêmio atraente que deve chamar a atenção dos investidores,” escrevem os analistas.
O banco também diz que, com a entrega do projeto Goodnight 1, não há mais dúvidas sobre a capacidade da Serena em replicar em seu projeto no Texas o que já fez no Brasil.
“A Serena não apenas entregou o ativo dentro do prazo, mas também apresentou economias de capex e trouxe um parceiro premium para o projeto,” diz o relatório, lembrando da sociedade da empresa com a Goldman Sachs.
Além disso, a Serena está buscando alternativas para monetizar seu ativo nos EUA, seja pela venda de uma participação ou estruturando uma capitalização por lá.
Para completar, a alavancagem da companhia deve cair nos próximos anos, nas contas do Itaú, de 6x no ano passado para 4,5x neste ano.
Para 2025 e 2026, o banco espera uma alavancagem de 3,9x e 3,2x respectivamente.