A Itaú Asset Management contratou Ryan Takemoto e Diogo Aquino para sua área de multimesas, elevando a 42 o número de gestores da área, que agora já tem 12 estratégias.
Mais adições devem acontecer até o final do ano.
Ryan, um veterano com mais de 20 anos de experiência em mercados emergentes, vai gerir um portfólio de renda fixa, juros e crédito — a primeira estratégia da área de multimesas com um mandato de global emerging markets.
Diogo, que estava na JGP desde 2015, será co-gestor da família de fundos Fênix junto com Bernardo Gomes, o ‘Algodão’, com quem trabalhou por quatro anos na gestora de André Jakurski. Antes da JGP, Diogo passou 10 anos como economista na Gávea Investimentos.
A plataforma de multimesas é uma forma da Itaú Asset melhorar o pool de produtos do banco atraindo inteligência externa. Baseado na experiência de hedge funds como Millennium e Point72, a plataforma permite a gestores operar uma carteira própria, beneficiando-se da capacidade do Itaú de atrair recursos e sendo remunerados como se fossem donos de uma asset independente.
“É essencialmente um negócio de recursos humanos — porque a gente contrata sem parar — e de gestão de risco, em que você tem que ter muita disciplina para monitorar os vários books,” Carlos Constantini, o head do Wealth Management Services do Itaú, disse ao Brazil Journal.
Gestores que eventualmente decidam deixar o banco podem ter o Itaú como investidor se tiverem um track record sólido e organizarem sua sucessão interna.
Ryan já foi managing director no Bank of America, responsável por renda fixa e juros para América Latina, e estava há oito anos na Bluecrest Capital Management, um hedge fund com US$ 36 bilhões sob gestão.
As contratações vem num contexto do acirramento da concorrência na indústria de gestão de recursos. Dois nomes da Itaú Asset recentemente deixaram a casa para montar gestoras com o BTG.
A área de multimesas tem R$ 50 bilhões sob gestão espalhados em produtos tais como os fundos Global Dinâmico (R$ 9 bi), Global Dinâmico Renda Fixa (R$ 10 bi), e Vision, uma família de multimercados (R$ 5 bi). O cliente do Itaú investe nestes fundos masters, que por sua vez alocam capital nas várias estratégias, e pode investir diretamente em algumas das estratégias.
Com a chegada de Ryan, a multimesas passa a ter 12 estratégias diferentes: quatro macro, seis de renda variável, uma estratégia quantitativa e uma de crédito estruturado. As mesas operam de forma independente e algumas chegam a ter até quatro co-gestores.