O empresário Michael Klein, dono da CBAir, fez uma oferta para comprar a Global Aviation, numa operação que pode dar origem à maior empresa de aviação executiva do Brasil.
A família Constantino, controladora da Gol, é dona de 50% da Global; o fundador da empresa, Ricardo Gobetti, tem 35%; e a Bratus Capital, a gestora de private equity de André de Vivo, tem 15%.
A revista DINHEIRO reportou a negociação em primeira mão. A CBAir confirmou à revista que “está participando de uma oferta, não vinculante” pela Global, e que não comentaria mais o assunto.
A oferta é o movimento mais ousado de Klein para consolidar o mercado de aviação executiva.
A operação uniria a CBAir, cuja capacidade hoje excede sua demanda, com a Global, dona de uma carteira de clientes importante mas cuja frota é composta por aviões de terceiros.
Fontes do mercado de aviação estimam que a Global fature cerca de R$100 milhões por ano com serviços que vão do fretamento de aeronaves à hangaragem, e da administração de aeronaves privadas à propriedade compartilhada, um mercado liderado pela Avantto.
Excluindo o negócio de offshore (o transporte de passageiros para plataformas em alto mar, este dominado pela Líder), fontes estimam que a Global já seja a maior operação de aviação executiva do Brasil, à frente da própria Líder e da Tam Aviação Executiva.
Fundada há cinco anos, a CBAir tem a frota de aviação executiva mais diversificada da América do Sul: a empresa é dona de 16 aeronaves entre jatos e helicópteros, dois hangares (Sorocaba e Campo de Marte) e dois helipontos (Alphaville e São Caetano do Sul).