O Bank of America iniciou hoje a cobertura da Metalúrgica Gerdau com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16, um upside de 25% em relação ao preço de tela.
O papel sobe 1% por volta das 13 horas.
O BofA disse que a Gerdau – na qual a Metalúrgica tem 97% do capital votante e 33% do capital total – deve passar a uma posição de caixa líquido no primeiro semestre do ano que vem, abrindo espaço para dividendos extraordinários e/ou buybacks.
“Vemos potencial para um dividend yield médio de cerca de 8% em 2023 e 2024,” escreveram os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Neratika e Guilherme Rosito. “Dada sua posição de caixa líquido, a Metalúrgica deve continuar repassando uma parte grande dos dividendos recebidos da Gerdau (mais de 90%), o que implica num dividend yield médio de cerca de 9% em 2023-2024 para os acionistas da GOAU.”
O banco também disse que espera que a holding termine de executar seu programa de buyback de 10% das ações, que já foi 30% executado. Isso deve “dar suporte” para as ações; o banco não descarta também outros programas de recompra na sequência.
“Finalmente, também vemos potencial para uma redução do desconto de holding da GOAU de 20% para nosso target de 15%, dado que ela não está alavancada e tem uma estrutura simples (apenas um ativo).”
Os analistas notaram que a Gerdau está “bem posicionada” para capturar o pipeline de investimentos em infraestrutura nos EUA (US$ 1,2 trilhão já aprovados) e no Brasil, já que o próximo Governo terá que focar em acelerar o crescimento do País de forma sustentável.
O BofA também lembrou que a Gerdau fez mais de R$ 7 bilhões em desinvestimentos nos últimos 5-6 anos em ativos non-core que tinham rentabilidade menor.
A companhia também reduziu despesas de forma agressiva, derrubando seu SG&A de 6-7% da receita líquida sete anos atrás para apenas 2-3% nos últimos anos. “Essa estrutura mais leve será instrumental para preservar a alta rentabilidade da empresa daqui para frente.”