O Mercado Livre é uma das empresas que está avaliando a compra da Linx, um processo competitivo que tem atraído players estratégicos e financeiros, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
A gigante do ecommerce começou a olhar o ativo nas últimas duas semanas.
A Stone colocou a Linx à venda há cerca de um mês, e o prazo para que os interessados enviem as propostas não-vinculantes se encerra no final de outubro.
Para o MELI, a aquisição poderia fazer sentido considerando movimentos recentes da empresa.
O Mercado Pago — o banco digital do Mercado Livre — lançou no início deste mês um software de gestão para PMEs focado no gerenciamento de vendas e do estoque nos diversos canais (das lojas físicas ao online).
“Os clientes do Mercado Livre são parecidos com os clientes da Linx. Essa aquisição poderia acelerar muito essa frente nova de software que eles acabaram de lançar,” disse uma das fontes.
Apesar do MELI ter se engajado nas conversas, é impossível medir seu real grau de interesse nessa fase do processo — incluindo sua intenção de seguir com uma oferta não-vinculante.
Outros players que têm olhado o ativo incluem o GIC, a Advent e a Constellation, uma companhia canadense que tem executado uma tese de consolidação global do setor de softwares para o varejo.
Segundo uma das fontes, há ainda dois players estratégicos (um americano e um europeu, ambos sem presença na América Latina) engajados.
Ao que tudo indica, a Totvs ainda não está no processo, ainda que bancos envolvidos acreditem que ela possa entrar no páreo na última hora.
A venda está sendo assessorada pelo JP Morgan, que está conduzindo a interlocução com os players estratégicos, e pelo Morgan Stanley, que está focado nos players financeiros.
No pitchbook enviado aos interessados, a Stone disse que a Linx deve fazer um EBITDA de mais de R$ 300 milhões este ano, em comparação aos R$ 244 milhões do ano passado.
Segundo uma das fontes, a Stone está mirando num múltiplo base de 15x EBITDA — o que daria um valuation de R$ 4,5 bilhões.
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