Um dos principais nomes da arte no Brasil, o curador Marcello Dantas realizou cerca de 250 exposições e envolveu-se na criação de diferentes museus.
Trouxe grandes nomes da videoarte ao País, esteve à frente do Museu da Língua Portuguesa e, mais recentemente, assumiu a direção da Japan House — o mais recente cartão postal da Avenida Paulista.
Neste episódio de The Business of Life, Dantas descreve a arte não como um fim, mas como uma forma de mediação — entre humanos, animais e até inteligências artificiais. Cada exposição, diz, é uma tradução: “ouvir o mundo” e transformá-lo em algo que toque as pessoas.
Nascido no Rio e filho de dono de teatro, estudou diplomacia antes de se render às artes. No circuito experimental de Nova York, conviveu com Laurie Anderson, Philip Glass e Nam June Paik — de quem aprendeu: “Para ser o número um, é preciso inventar a própria corrida.”
Hoje, vê na inteligência artificial uma aliada. Dantas cogita um futuro onde IAs sejam capazes de criar e consumir arte: “Eu acho que a arte não é um ato de produção. A arte é um ato de conexão. Se uma inteligência produzir arte e eu for emocionado por ela, é arte.”
Como lição de vida, diz: “Não se preocupe com o que vai fazer. O que você vai fazer ainda não existe. As profissões do futuro são inimagináveis. Abrace o conhecimento e se reinvente sempre.”
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