A oferta de ações do Magazine Luiza foi precificada a R$ 65/ação num dia de derretimento dos mercados graças a um fortalecimento do dólar contra todas as moedas.
A iminência do anúncio de uma proposta de reforma tributária pela Casa Branca levou os mercados a especular sobre o início de uma rotação de investimentos — dos mercados emergentes para ativos em dólar — num ano em que os emergentes estão performando maravilhosamente. Há o temor também de que medidas comerciais protecionistas sejam anunciadas.
As ordens de compra chegaram a 1,8x o tamanho da oferta, e bancos coordenadores disseram que a companhia conseguiu atrair investidores importantes, principalmente fundos estrangeiros e voltados ao setor de tecnologia, há muito cortejados pelo CEO Frederico Trajano. Mais de 40% da demanda veio de investidores internacionais.
A alocação acabou às 19:40 hs.
O preço foi em linha com a mínima que a ação fez depois da companhia ter anunciado a oferta, em meados deste mês.
A oferta envolveu a venda de 17,6 milhões de ações por parte da companhia, que levantou R$ 1,14 bilhão, e 6,4 milhões de ações por parte da família de Luiza Helena Trajano. O lote suplementar — a opção de vender 15% a mais sobre a oferta base — não foi exercido, uma decisão geralmente tomada para preservar a qualidade da alocação.
A ação fechou a R$ 68,31, queda de 7,7%.
Os seguintes bancos coordenaram a oferta: BTG Pactual, JP Morgan, Merrill Lynch, Itaú BBA, Credit Suisse, Bradesco, Santander e Banco do Brasil.