Com 30 anos de carreira na televisão, sendo 25 na Globo, Luciano Huck afirma que ainda sente o mesmo entusiasmo do início. “Tenho o mesmo tesão, a mesma vontade de trabalhar. Pode ser que uma hora diminua, mas até aqui é sempre uma novidade,” afirma o apresentador, que semanalmente fala para milhões de brasileiros.

À frente do “Domingão com Huck” desde 2021, Huck destaca que sua curiosidade e desejo de realizar mais sempre o impulsionaram. “Sempre fui muito intenso, queria trabalhar, fazer, realizar,” diz neste episódio de The Business of Life

Para Huck, os desafios diários são fontes de renovação na carreira. “Adoro me sentir desafiado. Gosto de estar cercado de pessoas mais competentes do que eu, e procuro criar esse ambiente em qualquer lugar. Na televisão, acho que todos são melhores do que eu, porque estou sempre disposto a aprender,” conta.

Mesmo com vasta experiência, Huck, de 53 anos, afirma que ainda lida com inseguranças. “Acho que a insegurança e as dúvidas têm que te acompanhar o tempo todo. Quando você acha que já sabe tudo sobre um assunto, pode ter certeza que está velho ou obsoleto,” diz.

Para ele, o papel de apresentador vai além do entretenimento. “Tenho a absoluta consciência da responsabilidade e do privilégio que é poder conversar com 40 milhões de pessoas todo domingo à noite”. Na sua visão, a televisão deve ser uma ferramenta para romper bolhas e tornar mensagens complexas acessíveis, especialmente em um momento de tanta polarização.

Embora tenha cogitado ingressar na política nos últimos anos, Huck diz que se vê hoje como um “cidadão político”, engajado na formação de novas lideranças. “Quero participar, vou participar e já estou participando, mas isso não quer dizer que sou candidato a alguma coisa. É participar enquanto sociedade civil”. Segundo ele, o país tem um “bode na sala” atualmente que é a classe política, e não deveria ser. “Nos movemos para um lado da cultura da lacração, de quem grita mais alto, mas não é sobre isso. Precisamos formar novas lideranças, qualificar, subir o sarrafo da ética ou vamos continuar andando em círculos, sendo um país rico por natureza e pobre por escolha,” conclui.

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