A LOG Commercial Properties acaba de levantar R$ 425 milhões com a venda de 150 mil m² de galpões para o HGLG11, o fundo imobiliário de logística gerido pelo Credit Suisse.
A venda faz parte da estratégia da LOG de reciclar capital para financiar seu plano de construir 1,5 milhão de metros quadrados de galpões no período entre 2020 e 2024 e vem num momento em que a dívida está cara e o equity, depreciado. A ação da LOG cai 25% no ano e 37% em 12 meses.
Esse plano estratégico tem um capex estimado de R$ 3,5 bilhões e, com a venda de hoje, a LOG já levantou R$ 1 bilhão com a venda de ativos a uma margem média de 40%.
Um dos galpões objeto da transação – o LOG Betim II – será entregue no terceiro trimestre e já está alugado para um grande player de ecommerce. O outro, o Parque Torino, no qual a LOG detinha uma participação de 40%, foi concluído em dezembro de 2021 e está 99% locado.
“Mesmo com o aumento dos custos de construção e da alta da Selic, os ativos bem localizados continuam a ter demanda,” o CEO Sérgio Fischer disse ao Brazil Journal.
A venda de hoje está saindo a uma margem bruta de 32,6% (a diferença entre o yield de desenvolvimento e o cap rate de saída).
A maior venda da LOG até agora havia sido uma transação de R$ 300 milhões em maio de 2021, que saiu com margem bruta de 44%.
A venda de hoje acontece num momento em que a empresa atravessa um ano recorde – tanto em capex quanto na entrega de galpões (400 mil metros quadrados) – e ociosidade nas mínimas históricas.
A LOG reporta seu segundo tri amanhã.
O HGLG11 vai pagar 70% na data do fechamento e o restante em duas parcelas em até 18 meses após o closing.
O FII vai bancar a aquisição com os recursos levantados numa emissão de cotas concluída em maio, quando o HGLG11 captou R$ 335 milhões.