Em meio a um mercado em que as fintechs foram do céu ao inferno, a Klarna acaba de concluir sua maior rodada – mas num valuation 85% menor que o de um ano atrás.
A empresa sueca de pagamentos – fundada em 2005 e pioneira no chamado “buy now, pay later” – está levantando US$ 800 milhões numa rodada que a avalia em US$ 6,7 bilhões post-money.
Há um ano, a Klarna havia captado US$ 639 milhões numa rodada liderada pelo Softbank com um valuation de US$ 45,6 bilhões, o que deu à empresa a alcunha de fintech mais valiosa da Europa.
Agora, o fundador e CEO Sebastian Siemiatkowski está vendo o copo meio cheio, dizendo que o fechamento da rodada no pior momento dos mercados de ações globais em 50 anos “mostra a força do negócio da Klarna.”
A empresa disse que os concorrentes listados viram seu valor de mercado desabar de 80% a 90% desde o pico, e que a “Klarna não está imune às quedas significativas das ações das fintechs.”
A rodada recém-fechada contou com a participação de investidores que já estavam no negócio, como Sequoia, Bestseller, Silver Lake, Commonwealth Bank of Australia, bem como de seus fundadores. A fintech também conseguiu atrair dois novos investidores: o Mubadala e o CPP Investments.
A Klarna vai usar os recursos para expandir suas operações no mercado americano, onde tem perto de 30 milhões de clientes.
Há dois meses, a empresa cortou 10% de sua força de trabalho dizendo que o cenário estava tumultuado por conta da por conta da inflação, uma queda na confiança do consumidor, a volatilidade dos mercados e a guerra Rússia-Ucrânia.
A empresa, segundo o CEO, é a única fintech do mundo que deu lucro em seus primeiros 14 anos de vida – desde 2019, a Klarna passou a fazer investimentos pesados para se transformar num player global.