A Kellogg, sinônimo de sucrilhos e snacks, vai se dividir em três companhias. O anúncio foi bem recebido pelo mercado, e a ação subiu 8% no pre-market.
Se o plano for adiante, tanto a divisão de cereais na América do Norte quanto o negócio de produtos plant-based, que juntos respondem por 20% das vendas do grupo, passarão a atuar como empresas independentes – por enquanto batizados de North America Cereal Co. e Plant Co.
O negócio global de cereais, snacks e noodles – que faturou US$ 11,4 bilhões no ano passado e tem em seu portfólio marcas como Pringles, Cheez-It e Nutri-Grain – continuará na empresa original, provisoriamente chamada de Global Snacking Co.
Ao final, haverá três novas empresas, todas listadas na Bolsa. A Kellogg espera que, separadamente, os negócios poderão desenvolver mais apropriadamente o seu potencial de crescimento. A companhia espera concluir a reorganização no final do próximo ano.
A North America Cereal, dos tradicionais cereais matinais, teve vendas de US$ 2,4 bilhões.
A âncora da Plant, a divisão de produtos veganos e vegetarianos que faturou US$ 340 milhões ano passado, é a marca MorningStar Farms. Este é o menor dos três negócios, mas com o maior potencial de ganhar tração nos próximos anos.
Atualmente presente nas gôndolas de supermercados dos EUA e Canadá, a MorningStar Farms deve se expandir internacionalmente em breve.
“Cada um desses negócios possui muito potencial de crescimento”, disse o CEO da Kellogg, Steve Cahillane. “Com foco aprimorado, poderão direcionar melhor os seus recursos para as suas estratégias e prioridades específicas.”
A Kellogg faz parte do time de companhias centenárias dos EUA. Fundada em 1894, criou o Corn Flakes e diversas marcas emblemáticas de cereais e salgadinhos.
Recentemente, outras companhias americanas anunciaram o spinoff de seus negócios, entre elas a GE e a IBM. Na indústria de alimentos, a última grande operação do tipo aconteceu há dez anos, com a divisão da Kraft que deu origem à Mondelez.