Nos últimos meses, a Vibra Energia tem entregado resultados fracos — tanto do ponto de vista do preço da ação quanto dos números da operação.

A ação caiu mais de 12% desde outubro, e a empresa teve um terceiro tri fraco, com os concorrentes reduzindo o gap de rentabilidade para a dona dos postos BR e os estoques impactando negativamente os resultados depois da canetada do Governo que zerou o PIS/Cofins sobre combustíveis e estabeleceu um teto de 17% a 18% para o ICMS.

Apesar disso, o JP Morgan acha que é hora de comprar. O banco publicou um relatório hoje reiterando sua recomendação de ‘overweight’ para a ação com um preço-alvo de R$ 30 para o final de 2023 — um upside potencial de 100%.

O JP disse que a Vibra tem uma “sólida estratégia operacional” na distribuição de combustíveis que deve continuar rendendo frutos em termos relativos. 

Além disso, a Comerc, a comercializadora de energia que a Vibra comprou no início do ano, deve começar a contribuir para o EBITDA no ano que vem — potencialmente adicionando R$ 900 milhões ao EBITDA da Vibra — mas os analistas do banco ainda não incorporaram os números da Comerc no modelo. 

Em relação ao valuation, “a ação está muito barata, negociando a 5,8x o EBITDA do ano que vem em comparação a um múltiplo histórico de longo prazo de 8,5x,” escreveu o analista Rodolfo Angele. 

O analista disse ainda que muitos investidores estão começando a perguntar sobre o risco de uma hipotética oferta de compra pela Vibra. 

“Ainda que a gente ache esse movimento improvável, se a Vibra se tornar alvo de um M&A a companhia tem triggers de tag along que deveriam proteger os minoritários.”

A Vibra está valendo R$ 17,7 bilhões na B3.