Jim Rogers, o lendário investidor que fundou o Quantum Fund junto com George Soros, acha que as bolsas ainda estão longe do fundo do poço e que o mundo verá “o pior bear market da minha vida” nos próximos anos.
Os comentários foram feitos esta madrugada numa entrevista à Bloomberg.
Rogers, que hoje está à frente de uma holding que leva seu nome, acredita que o recente repique do mercado pode até continuar por algum tempo, mas que uma nova implosão é iminente.
O motivo: há um golpe triplo de danos econômicos. Além dos impactos do coronavírus, as empresas estão com um nível de endividamento muito alto, e as taxas de juros, hoje extremamente baixas, “vão machucar quando subirem.”
“O impacto do vírus nas economias não terminará rápido porque tivemos muitos danos. Uma quantidade gigantesca de dívida foi adicionada,” disse.
Rogers acredita que as empresas que se sairão melhor são aquelas com baixo endividamento e grande market share. “Não há dúvida de que ao longo da história, quando tivemos bear markets, as companhias com pouca dívida são as que as pessoas mais amam, porque elas não têm que se preocupar com o risco de falência.”
Rogers disse que tem “bastante dinheiro” investido em dólar, em algumas ações chinesas e russas, e que está considerando investir na bolsa japonesa. Ele também está de olho nos setores mais afetados pela crise, como turismo, transportes, empresas aéreas e agricultura, mas ainda não começou a investir.
Jim Rogers prevê ‘o pior bear market da minha vida’
