A Nestlé acaba de comprar a Kopenhagen com um cheque de quase R$ 3 bilhões, um múltiplo de 12x a 15x EBITDA, pessoas a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
A Advent, a gestora de private equity que havia comprado o controle da Kopenhagen em 2020, está saindo do ativo vendendo para um player estratégico em vez de um IPO, num momento em que o mercado de capitais no Brasil continua claudicante.
Na época do investimento da Advent, a Kopenhagen faturava R$ 450 milhões e tinha um EBITDA de R$ 120 milhões. De lá para cá, a companhia já praticamente dobrou o EBITDA, para mais de R$ 200 milhões.
Diversos players financeiros e estratégicos olharam o ativo, incluindo a Lindt — que já era parceira do Grupo CRM, o controlador da marca Kopenhagen — e a Cacau Show.
A compra inclui a Brasil Cacau, a marca de combate que tem sido uma detratora do EBITDA do grupo desde que foi lançada em 2009.
Segundo uma pessoa a par do assunto, as duas partes já haviam feito filings confidenciais no CADE no início de agosto — um sinal de que a Nestlé buscou a benção prévia do regulador antitruste depois de passar 20 anos tentando aprovar sua aquisição da Garoto. (No começo de junho, a Nestlé finalmente conseguiu a aprovação da transação).
A Goldman Sachs assessorou a Kopenhagen, que teve a assessoria jurídica do Mattos Filho.
O UBS BB assessorou a Nestlé.