“Eu acho que o argumento de imprimir dinheiro porque a inflação está relativamente baixa é perigoso porque se temos um sistema de meta de inflação que tem assimetrias, se você imaginar que, quando você está embaixo, você vai imprimir dinheiro para atingir a meta, você vai fazer com que o seu equilíbrio de juros neutros seja um pouco mais alto. Eu acho que a saída não é por aí.”
— Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, ao UOL.
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“Mesmo para seus próprios padrões, a violação por parte do senhor Bolsonaro de seu principal dever, de proteger vidas, foi longe demais. Grande parte do governo o trata como um parente difícil que mostra sinais de insanidade.”
— The Economist, sobre o Presidente, na edição desta semana.
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“Está havendo um colapso funerário, os enterros estão crescendo de maneira exponencial, as mortes. É uma situação que deixa as pessoas nervosas, estressadas. Atitudes como a do presidente, que sai tranquilamente às ruas e mostra que para ele não há perigo em nada, fazem com que hoje muitas ruas em Manaus estejam cheias de carros.”
— Arthur Virgílio Neto, prefeito de Manaus, à CNN Brasil.
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“Peço desculpas. Eu não consigo tornar previsível o que não tenho como dar previsibilidade. Não é por uma decisão deliberada que estamos deixando de pagar. É porque, infelizmente, o recurso não existe. Temos que pagar na hora que o recurso entra no cofre. Não adianta, nem se eu quisesse, emitir um cheque e mandar para todo mundo se o cheque estiver sem fundo. Peço essa compreensão.”
— Romeu Zema, governador de Minas Gerais, explicando que não tem como pagar os servidores do Estado.
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“Abandonar meu hábito de roer a unha é vital. Acreditar em Deus, para mim, é fundamental, porque evita que a gente se ache Deus. E nós, humanos, estamos achando que somos Deus. Só se fala em inteligência artificial, mesmo que ela vá desempregar metade da humanidade. Nossa! Que grande ideia! Aí não vamos poder sair na rua para sempre.”
— Nizan Guanaes, em quarentena, no UOL.
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“Somos concorrentes. Ele é um amigo. Não quero que ele ache que estou sendo arrogante.”
— Joe Biden, explicando que ligou para a Bernie Sanders para avisar que começou a escolher uma companheira de chapa, mesmo antes de sua candidatura ser oficializada pela convenção do Partido Democrata.
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“Essa crise vai ensinar muita gente a poupar e diminuir a velocidade do dinheiro no médio prazo.”
— Stanley Druckenmiller, lenário investidor e fundador da Duquesne Capital, comentando um estudo que mostra que 41% dos adultos americanos não tem economias para se manter por três meses sem emprego, no Twitter.
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“Devemos ter consolo de que, embora tenhamos mais ainda para suportar, dias melhores voltarão. Estaremos com nossos amigos novamente. Estaremos com nossas famílias novamente. Voltaremos a nos encontrar.”
— Elizabeth II.
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“É preciso que o Presidente tenha uma noção clara de que aquilo que ele fala pode ter repercussões políticas para ele e, eventualmente, caracterizar um crime de responsabilidade.”
— Wilson Witzel, governador do Rio, sobre ações de Bolsonaro contra a saúde pública poderem levar a um impeachment.
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“Eu acho que [Bolsonaro] deveria ter arcado [com o ônus da demissão]. Uma coisa é que o discurso da quarentena permite tudo. Se eu estivesse na cadeira… Eu não teria segurado, eu teria cortado a cabeça dele [Mandetta]. …. Ali para mim foi a pá de cal. Eu já não falo com ele há dois meses. Acho que é xadrez. Se ele sai, vai acabar indo para a secretaria do Dória.”
— Onyx Lorenzoni, em conversa privada com o ex-ministro Osmar Terra ouvida pela CNN Brasil.