Flora Nair Giordano — paulistana de Moema, filha de comerciantes e formada em colégio de freiras — se tornou figura central de uma das famílias mais influentes da cultura brasileira.

No The Business of Life, com Nilton Bonder, a empresária fala sobre seu casamento e seu relacionamento profissional com Gilberto Gil  — e sobre o luto pela enteada, a cantora e empresária Preta, que morreu em julho.

A história com Gil começou por acaso. Então vendedora, Flora viajou com uma colega para Salvador; após um show de Baby Consuelo, ficaram sem transporte. “Falei, ‘cara, vamos pedir carona?’ Aí parou o carro. Era o Gil dirigindo, com uma moça do lado e com um adolescente atrás. A adolescente era a Nara, filha dele, e a menina era a Regina Casé,” conta.

Com o relacionamento, Flora aprendeu produção artística na “Universidade Gilberto Gil,” gerindo contratos, bilheteria, burocracia e logística. Co-fundaram a GeGe Produções, editora que centralizou o catálogo de Gil. “A ideia de abrir a editora foi dele, e a ideia de ir atrás das obras que não eram dele foi minha.” 

Com a profissionalização, a carreira se expandiu para turnês internacionais, projetos audiovisuais e iniciativas como o camarote Expresso 2222. Hoje, Flora acompanha a turnê Tempo Rei, descrita como o último grande projeto do artista.

Para ela, seu papel agregador, que vem de berço, foi fundamental nessa jornada: “Não acredito em quem não tem equipe. Para quem está começando, ouvir a opinião de quem está do seu lado é bom. Às vezes, a gente está olhando só o vaso, mas é preciso ver a mesa.”

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