O Itaú é o banco preferido dos gestores de ações, com mais da metade dos investidores apontando a ação como sua principal posição comprada no setor. 

Já entre os financials que não são bancos, o nome preferido é a XP: 58% dos investidores dizem que o papel é a  melhor ideia de investimento no setor.

Os dados fazem parte de um levantamento do Santander Brasil junto a 30 gestores de ações, 80% deles na Faria Lima e no Leblon.  

As principais ideias de short são: Bradesco (25%), Inter (25%) e Nubank (21%).

Entre os nomes não-bancários, a principal posição vendida é a Stone, com quase 30% dos gestores dizendo que ela hoje é seu principal short.

O levantamento mostra ainda que 13% dos gestores têm o Bradesco e BTG empatados como sua principal posição ‘long’, 8% têm o Inter, e 4% o Banco do Brasil e o Nubank. 

Entre as ações não-bancárias, a segunda posição mais comum – depois da XP – é a BB Seguridade, com 13%, seguida pela Cielo (8%) e B3 (4%). 

No relatório, o Santander Brasil disse que clientes têm perguntado o que o banco acha de um par long Itaú e short Bradesco. 

“Acreditamos que há um upside potencial muito maior para o Itaú do que para o Bradesco. Na nossa visão, vemos ‘downside risk’ para o consenso de lucro para o Bradesco, enquanto acreditamos num ‘upside risk’ para os números do Itaú,” escreveu o analista Henrique Navarro.

Nas contas de Henrique, o Itaú está negociando com um desconto de 6% para o Bradesco com base no P/L do ano que vem. O Itaú negocia a 7,7x; o Bradesco, a 8,2x. 

“E se olharmos para o lucro antes dos impostos (EBT) dos dois bancos, o Itaú está negociando a um desconto ainda maior em relação ao Bradesco, usando nossas estimativas,” disse o analista. “Por último, mas não menos importante, de acordo com a pesquisa, 87% dos investidores acreditam que o Itaú vai aumentar o seu payout.” 

O Santander disse ainda que vê um ‘downside risk’ para os volumes diários da B3 no ano que vem.  Hoje, o consenso do mercado é de um volume de R$ 28,8 bilhões em 2024, 7% abaixo dos R$ 31 bilhões estimados pelo Santander.

Outra conclusão do estudo: apenas 16% dos investidores disseram estar dispostos a comprar Nubank nos preços atuais. Além disso, só 16% (provavelmente os mesmos gestores) acreditam que o banco de David Vélez pode atingir um ROE acima de 36%, um patamar “perto do que seria necessário para justificar o atual valuation,” na visão do Santander.