John Donahue, o CEO da Nike cuja estratégia vinha sendo culpada pelo mau desempenho da ação nos últimos meses, vai pendurar as chuteiras.
Para substituí-lo, a Nike recorreu a um veterano com mais de 30 anos na empresa. Elliott Hill deixará a aposentadoria e assume como CEO em 14 de outubro.
A notícia, que saiu após o fechamento do mercado, fez o papel disparar 10% no after hours.
As ações da marca de produtos esportivos encerraram o dia acumulando uma perda de 24% no ano – num momento em que os mercados americanos batem recordes históricos de valorização.
Boa parte do tombo ocorreu em junho, depois de a empresa apresentar perspectivas abaixo do esperado.
Donahoe estava no comando desde janeiro de 2020. De lá para cá, as vendas saltaram de US$ 37 bilhões para US$ 51 bilhões no ano passado. Neste ano, porém, devem recuar para US$ 49 bilhões.
De acordo com o Wall Street Journal, os investidores vinham questionando a decisão do executivo de priorizar linhas e modelos clássicos em vez de investir em inovação.
“A companhia agora enfrenta dificuldades para manter sua posição no mercado, com os consumidores comprando menos da Nike e mais de competidores como Adidas e New Balance,” afirmou o WSJ.
As startups On Running e Hoka também beliscaram uma fatia considerável de um público mais trendy, antes cativo da marca americana.
As vendas entraram em queda, e a empresa passa por uma reestruturação. Haverá corte previsto de 2% dos funcionários e redução de US$ 2 bi em custos.
Hill, que foi presidente da divisão de consumo e mercado, havia se aposentado em 2020. Trabalhou na Nike desde o final dos anos 80, quando entrou como estagiário.
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