“Vão se f&%$#@”.

Elon Musk disse essa frase – três vezes – falando diretamente aos anunciantes que abandonaram o X, ex-Twitter, depois que Musk fez postagens vistas como antissemitas.

Musk fez os comentários hoje durante uma conferência do New York Times, oscilando entre contrito e combativo.

O diálogo bizarro entre Musk e o entrevistador Andrew Ross Sorkin, foi assim:

Musk: “Eu espero que eles parem [de anunciar]. Não anunciem!”

Sorkin: “Você não quer que eles anunciem?”

Musk: “Não!”

Sorkin: “Como assim?”

Musk: “Se alguém está tentando me chantagear com anúncios, me chantagear com dinheiro… vão se f&%$#@… Vão – Se – f&%$#@! Eu estou sendo claro? Eu espero que sim. Hey Bob! Se você está assistindo. [uma aparente referência ao CEO da Disney, que deixou de anunciar na plataforma].

Sorkin: Deixa eu te perguntar então,

Musk: É assim que eu sinto, não anunciem!

Sorkin: Como fica o ‘economics’ da X, se uma parte fundamental do modelo de negócios é – pelo menos hoje, e talvez precise mudar – vender anúncios?  

Musk: G. F. Y (Go Fuck Yourself) 

Sorkin: Eu entendo mas também existe uma realidade, certo? A Linda Yaccarino [a CEO do X] está aqui, e o trabalho dela é vender anúncios.

Musk: O que esse boicote de advertising vai fazer é matar a companhia, e o mundo inteiro vai saber que aqueles anunciantes mataram a empresa.  E nós vamos documentar isso em grande detalhe.

Sorkin: O que os anunciantes vão falar é, “nós não matamos a companhia.”  

Musk: Conte isso para a Terra toda.

Sorkin: Eles vão dizer que você matou a companhia, porque você disse aquelas coisas inapropriadas e eles não se sentem confortáveis em estar na plataforma.

Musk:  Vamos ver como a Terra responde a isso.

Musk disse ainda que sua viagem a Israel no início desta semana não foi um “apology tour” [uma viagem para pedir desculpas], e que havia sido planejada antes de ele fazer os comentários vistos como antissemitas.

O fundador da Tesla e da SpaceX também disse que “não ter problema em ser odiado”, e que “querer que gostem de você é uma verdadeira fraqueza”.

“Odeie-me, goste de mim ou seja indiferente — você ou quer o melhor carro ou não quer,” disse.