Apoiamos a candidatura de Eduardo Paes para prefeito do Rio de Janeiro, a cidade que é um patrimônio histórico e afetivo do Brasil.

Numa época em que os desafios do Rio fazem até o Cristo duvidar do futuro, Eduardo Paes é o único candidato que reúne paixão pela cidade, experiência administrativa e um histórico provado de vontade de trabalhar.

11143 e56e103a a987 083f 4dd2 dc0cd5b0abbcFalamos em ‘paixão’ porque os problemas do Rio chegaram a tal ponto que não serão resolvidos burocraticamente ou passivamente.  Daqui em diante, só os proverbiais sangue e suor (senão as lágrimas) poderão fazer o Rio se reerguer.

Não conhecemos Eduardo Paes pessoalmente, nem temos vantagens particulares a auferir com sua eleição.

Mas pode-se conhecer um homem pelos seus atos.  Ao longo de seu mandato anterior como prefeito, vimos o Rio ser cuidado, vimos o prefeito se envolver diretamente nos problemas grandes e pequenos, vimos sua ousadia em reimaginar o urbanismo da cidade, e testemunhamos sua preocupação com as zonas norte, sul e oeste — tentando reduzir as disparidades de uma cidade há tanto tempo rachada.

Não estamos emitindo opinião sobre eventuais deslizes éticos cometidos por Eduardo Paes.  Além de nenhum candidato ser perfeito, está cada vez mais difícil separar uma operação policial espetaculosa da real aplicação da Justiça. Para atingir o imperativo moral de combater a corrupção, nos últimos anos a sociedade brasileira topou pagar um preço estranho:  aceitou que se crie a impressão de que TODOS têm culpa no cartório, e, pior, que todas as culpas se equivalem.

O que sabemos de fato é que Eduardo Paes buscou e manteve um emprego no setor privado após sair da prefeitura — o que é amplamente noticiado — e todas as informações que nos chegam dão conta de que sua verdadeira cachaça é a política, não o enriquecimento ilícito.

Além de lutar contra a pandemia, como todo o Brasil, o Rio enfrenta hoje uma queda de arrecadação brutal, resultado do baixo preço do petróleo e do esvaziamento econômico da cidade.  Este é o desafio macro.  No micro — o dia-a-dia que o cidadão vê de perto — isso significa que é preciso inteligência para gerir os parcos recursos que ainda existem, garantindo a escola, o posto de saúde, a limpeza pública e, em meio à escassez, manter a cidade minimamente unida.  

Sob a gestão atual, os problemas do Rio se agravaram. A cidade tem hoje um prefeito que trouxe a religião para dentro do estado, que governou para uma parte, e não para o todo, e que demonstrou apatia, indiferença e até preguiça no dia a dia.  Não se avançou em nada.  Retrocedeu-se muito.

Todas as postulações políticas têm legitimidade.  Mas na prática — o inevitável teste da teoria — surpreende que alguns no Rio estejam se mobilizando para mais uma “candidatura heróica”.  Marcelo Freixo é um homem honrado que já colocou sua vida em risco para limpar a cidade, mas os problemas do Rio não serão resolvidos com base nas definições ultrapassadas e arbitrárias de “esquerda” e “direita”.  A disputa hoje — na cidade, no Estado e no País — é entre “ter boas intenções“ e “saber fazer”, e entre “fingir que sabe” e “provar que sabe,” e é neste sentido que Eduardo Paes se mostra o melhor candidato para uma época tão desafiadora.

Os setores verdadeiramente progressistas do Rio — incluindo os candidatos de centro — deveriam se unir em torno de uma AGENDA que seja representada por um candidato com viabilidade eleitoral — e não apenas tentar provar um ponto.

Por falta de liderança, o Rio está perdendo oportunidades econômicas, empregos, renda, e o que resta de sua segurança pública (um assunto com o qual os eleitores de todo o Estado terão que lidar daqui a dois anos).

Mais grave ainda, o tanque do Rio está na reserva quando se trata de autoestima e esperança.

Mas em vez de apenas se lamentar, o carioca tem que se envolver na política, entender o que está em jogo e aceitar que sua margem para erro acabou. É hora dos empresários, da classe artística, do funcionalismo, da universidade, dos aposentados de Copacabana e dos jovens da Tijuca se unirem ao redor do candidato que já mostrou que respira o Rio de Janeiro, e que faz dos problemas da cidade, os seus.

Para nós, este candidato é Eduardo Paes.