Nem na Tarpon as pessoas entenderam a alta na ação hoje.

 
A ação da gestora de investimentos — que foi destruída ao longo do último ano — decolou logo na abertura e, no fim do pregão, subia cerca de 16% com 44 vezes seu volume médio.
 
Esse movimento levou muita gente a especular que uma oferta para fechamento de capital da empresa seria iminente.
 
Apesar do volume ser alto em número de ações, o volume financeiro envolvido é menos impressionante: pouco mais de US$ 800 mil.
 
A explicação mais plausível é a mais simples: algum investidor, percebendo o papel como barato, pode ter resolvido montar uma posição e só achou lote nos preços que estão na tela.
 
A Tarpon está valendo R$ 156 milhões na B3.
 
Tipicamente, o mercado calcula o valor de uma gestora de recursos como um percentual de seus ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês). No caso da Tarpon, esse percentual deveria ficar em algum lugar entre 5% (para gestoras de ações long-only, como a Blackrock) e 20% (para gestoras de hedge funds e private equity, como KKR).
 
A Tarpon administrava cerca de R$ 7,4 bilhões no fim do primeiro trimestre, cerca de R$ 2,2 bilhões dos quais em fundos de co-investimento.
 
Como R$ 813 milhões em recursos co-investidos na BRF foram sacados recentemente, o AUM deve ter caído para R$ 6,6 bilhões.
 
Neste cenário, a Tarpon estaria negociando hoje a cerca de 2,3% de seu AUM — um sinal de que boa parte do mercado, certo ou não, prevê mais erosão da base de ativos.
 
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