A Daki — a startup de delivery ultra-rápida fundada em 2021 — acaba de levantar uma rodada de media for equity de R$ 25 milhões, que vai permitir à companhia turbinar sua estratégia de marketing num momento de forte crescimento.
A captação foi feita pela 4Equity Media Ventures, a gestora fundada por Felipe Hatab e Renato Mendes em abril passado e que já fez um investimento no Quinto Andar.
Os recursos serão investidos na Daki na forma de exposição de mídia nos veículos de comunicação e influenciadores que são cotistas do fundo.
A rodada saiu no mesmo valuation da Série D, que avaliou a Daki em US$ 850 milhões (post-money) em setembro. Nesse valuation, a 4Equity ficou com cerca de 0,6% do capital da startup.
“Já temos a base do negócio muito bem montada e agora queremos levar a palavra da Daki para mais clientes dos mercados onde estamos. Então uma estratégia mais forte de mídia faz todo sentido,” o CEO e fundador Rafael Vasto disse ao Brazil Journal.
Segundo ele, o plano de mídia desenhado pela 4Equity envolve diferentes formatos — TV, mídia out of home, influenciadores e podcast, por exemplo — e está previsto para durar dois anos.
O app da Daki teve mais de 2 milhões de downloads nos últimos anos; a empresa não abre o número de clientes ativos.
Em 2022, a Daki fechou suas operações nos Estados Unidos, Colômbia, México, Chile e Peru e focou 100% no Brasil. A empresa havia herdado as operações em outros países na fusão com a JOKR, mas o M&A não rendeu os frutos esperados.
A startup — que começou apenas com o delivery ultra-rápido com foco em produtos de conveniência e um portfólio reduzido de mil SKUs — também tomou a decisão de expandir sua proposta de atuação.
A Daki lançou no final do ano passado o Super Daki, uma solução de delivery de supermercado com horário agendado para o dia seguinte e uma gama muito maior de produtos (cerca de 5 mil SKUs).
No delivery ultra-rápido — que faz as entregas em até 15 minutos — ela aumentou o número de produtos para 2.500, e o foco deixou de ser o consumo de conveniência e de impulso. Hoje, uma parte relevante das vendas é de frutas, verduras e legumes.
A Daki tem 70 dark stores nas cidades de São Paulo, Rio e Belo Horizonte.
O fundador disse que para este ano a ideia não é entrar em novas cidades, e sim “buscar a liderança e uma representatividade grande nos mercados onde já estamos. Temos desenvolvido a infraestrutura para isso, com tecnologia, supply chain, logística e as dark stores.”
Segundo Rafael, a Daki já é rentável no nível da operação — ou seja, excluindo as despesas com tecnologia e com o headquarter. A ideia é chegar no breakeven ainda este ano, mas o fundador preferiu não dizer quando exatamente isso deve acontecer.