Nelson Peltz, o gestor ativista da Trian Fund Management, está planejando um segundo ataque em sua batalha para recuperar a performance da Disney.
O investidor ampliou a participação na empresa para cerca de 30 milhões de ações, uma posição de cerca de US$ 2,5 bilhões, de acordo com a CNBC.
A posição é quase 5x os 6,4 milhões de ações que estavam nas mãos da Trian no final do segundo trimestre. Com isso, Peltz agora é um dos maiores acionistas da empresa.
O movimento acontece no momento em que os papéis estão em seu menor nível das últimas 52 semanas.
Segundo o Wall Street Journal, a Trian quer ter mais de um assento no conselho, incluindo uma cadeira para Peltz. A janela para as indicações de novos conselheiros será entre 5 de dezembro e 4 de janeiro.
Na primeira rodada de sua proxy war contra a liderança da companhia, em janeiro, a Trian tinha 9 milhões de ações, compradas a um preço médio de US$ 90/ação.
Na época, a gestora pressionou a Disney a buscar um sucessor para Bob Iger e tentou capturar uma das 11 vagas do conselho — sem sucesso.
Peltz lançou a campanha ‘Restore the Magic,’ para que a Disney voltasse a ter resultados robustos e superasse o desempenho “frustrante” dos últimos anos.
Em fevereiro, Iger anunciou um pacote que deixou Peltz sem argumentos: uma reestruturação que incluía cortar US$ 5,5 bilhões em custos e 7 mil empregos. Peltz declarou vitória e a proxy fight acabou.
Peltz, hoje com 82 anos, tem uma história lendária em Wall Street: já venceu batalhas contra a Heinz, a Dupont e a P&G, provocando mudanças na gestão desses grupos.
A ação da Disney subiu 2,1% hoje; a empresa agora vale US$ 155 bilhões na Bolsa. Nos últimos 12 meses, a ação cai 11%.
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