A CSN anunciou na manhã de hoje um novo programa de recompra de ações, fazendo o papel disparar na Bolsa.
É o quinto programa de recompra consecutivo anunciado pela empresa, num momento em que quase todos os analistas de mercado estão contra o papel.
O conselho da CSN também decidiu cancelar 60 milhões de ações (das 70 milhões que a empresa havia recomprado até agora).
O cancelamento de ações é positivo para os acionistas de CSN porque o lucro da empresa agora será dividido por menos ações.
Nos útimos dias, havia no mercado a expectativa de que as ações da CSN começariam a cair em breve, na medida em que o programa de recompra chegasse ao fim, o que aconteceria no próximo dia 25.
No último mês, as ações da CSN performaram bem (alta de quase 16%) em grande parte porque a corretora Itaú, a única autorizada pela CSN a fazer a recompra, estava comprando a ação todos os dias (cerca de um quarto do volume diário). Ontem, quando o Itaú não comprou, a ação despencou 6,6%.
Muitos investidores começaram a vender os papéis nos últimos dias, apostando numa queda no curto prazo. Com a renovação da recompra decidida hoje, estes investidores que apostaram contra — os “vendidos”, no jargão do mercado — foram pegos no contrapé, e muitos agora estão tendo que recomprar a ação para desfazer a aposta errada. Isso potencializa a alta da CSN, que agora sobe 10,5%.
Golpe de mestre de Benjamin Steinbruch.
A coluna voltará ao assunto em breve.
